ESOFAGITE HERPÉTICA – A DESPEITO DE UM CASO COM REVISÃO DA LITERATURA EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE

Luiza Beatriz Bezerra Falcão, Cláudio Gleidiston Lima da Silva, Sávio Samuel Feitosa Machado Modesto Rolim Neto, Maria do Socorro Vieira Santos, Marcos Antônio Pereira de Lima, Ana Lívia Alencar Coelho, Raul Rodrigues Barros, Pamela Reis Martins, Débora Valentim Monte Alto, Isaac Belém Alves Lima, Virna Costa dos Santos, Marinna de Andrade da Silva, Rafael Janoca Franca

INTRODUÇÃO: A esofagite infecciosa possui como agentes mais comuns o vírus do herpes simples e o citomegalovírus, além da levedura cândida, que determinam ulcerações escavadas na mucosa esofágica, à semelhança a descrita no presente caso. OBJETIVO: Relatar caso de esofagite herpética como causa de dor retroesternal e seus possíveis diagnósticos diferenciais, associando à revisão da literatura. RELATO DE CASO: Homem, 32 anos, natural de Crateús sem histórico clínico ou cirúrgico ou uso de imunossupressores. Não era portador de câncer ou transplantado, sorologia para HIV e hepatite negativas. Endoscopia revela hiperemia da mucosa distal do esôfago com ulcerações rasas pequenas. Biópsias colhidas revelaram esofagite erosiva com alterações citopáticas do vírus herpes, confirmadas por imuno-histoquímica.  Diagnóstico histopatológico: Esofagite herpética (EH). DISCUSSÃO: As principais queixas de EH são febre e dor torácica retroesternal. Além disso, odinofagia e disfagia total são bastante relatados. No entanto, somente a história clínica não confirma diagnóstico, sendo necessária realizar endoscopia com biópsia, que amiúde revela ulcerações discretas em uma mucosa friável. Essas lesões causam rompimento da barreira mucosa, propiciando a infecção por outros agentes, tais como Candida spp. O diagnóstico é feito por exame histopatológico e isolamento do vírus. As alterações patognomônicas incluem células multinucleadas com chão de vidro, inclusões nucleares com cromatina marginada. As inclusões celulares estão rodeadas por um infiltrado de células inflamatórias. CONCLUSÃO: É válido enfatizar a importância da consciência clínica relativa cursos de curta duração de corticoterapia para os indivíduos imunocompetentes. Na frente de uma estenose esofágica grave, ainda é preciso excluir o diagnóstico diferencial de estenose péptica e câncer. Visualização de lesões endoscópicas pode sugerir o diagnóstico, mas deve ser imediatamente confirmados por biópsia, cultura viral, imuno-histoquímica ou reação em cadeia da polimerase.

REFERÊNCIA

Jetté-Côté, I., Ouellette, D. Total dysphagia after short course of systemic corticotherapy: Herpes simplex virus esophagitis. World Journal of Gastroenterology. 2013. 19 (31), pp. 5178-5181

Sathyanarayanan, V. , Razak, A., Prabhu, M.M., Saravu, K., Ganesh, P.C., Rao, A.K. A case report of herpetic and candidal esophagitis in an immunocompetent adult. Asian Pacific Journal of Tropical Biomedicine, Volume 1, Issue 3, June 2011, Pages 251-252

DESCRITORES

“Esophagitis” e “Herpetic”

INTRODUÇÃO: A esofagite infecciosa possui como agentes mais comuns o vírus do herpes simples e o citomegalovírus, além da Candida spp, determinando ulcerações escavadas na mucosa esofágica, como descrito no presente caso. OBJETIVO: Relatar caso de esofagite herpética como causa de dor retroesternal e seus possíveis diagnósticos diferenciais, associando à revisão da literatura. RELATO DE CASO: Homem, 32 anos, natural de Crateús sem histórico clínico ou cirúrgico ou uso de imunossupressores. Não era portador de câncer ou transplantado, sorologia para HIV e hepatite negativas. Endoscopia revela hiperemia da mucosa distal do esôfago com ulcerações rasas pequenas. Biópsias colhidas revelaram esofagite erosiva com alterações citopáticas do vírus herpes, confirmadas por imuno-histoquímica.  Diagnóstico histopatológico: Esofagite herpética (EH). DISCUSSÃO: As principais queixas de EH são febre e dor torácica retroesternal. Além disso, odinofagia é bastante relatada. No entanto, a história clínica é insuficiente para confirmar o diagnóstico, sendo necessária realizar endoscopia com biópsia, que amiúde revela ulcerações discretas em uma mucosa friável e isolamento do vírus. Essas lesões causam rompimento da barreira mucosa, propiciando a infecção por outros agentes, tais como Candida spp. As alterações patognomônicas incluem células multinucleadas com chão de vidro, inclusões nucleares com cromatina marginada. As inclusões celulares estão rodeadas por um infiltrado de células inflamatórias. CONCLUSÃO: Na frente de uma estenose esofágica grave, ainda é preciso excluir o diagnóstico diferencial de estenose péptica e câncer. Visualização de lesões endoscópicas pode sugerir o diagnóstico, mas deve ser imediatamente confirmados por biópsia, cultura viral, imuno-histoquímica ou PCR.